quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Reciclagem

Em tempo de faxina,

Esvazio a lixeira,

E conservo a menina.

E esse ciclo se repete a vida inteira!




Raquel de Carvalho

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Silêncio, sonhe!



Pausa!
Ouça!
É o silêncio. Psiu!
Ninguém pediu, ele se fez.
Nenhuma palavra ninguém escutou,
Mas alguém sonhou e o rubor condenou timidez.
Quem teve pudor, o silêncio quebrou.



Raquel de Carvalho

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Era uma vez...


“Uma noite” em que pouco se apostava, mas que, em pouco tempo, se transformou em relacionamento, que o “querer sempre mais” crescia a cada dia, a cada encontro! Muito medo, restrições, etc, foram obstáculos. Mas a cada encontro, a cada olhar, a cada mensagem, a cada ligação, a cada beijo, a cada abraço e a cada toque, tudo isso eram mais motivos para retirar cada obstáculo e vivenciar tudo aquilo que era tão recíproco!

Tudo passou a ser mais intenso...viagem, noites juntos...etc. E intenso se tornou também o sentimento (que antes era medo). E o Sentimento começou a necessitar sempre dessa mesma Intensidade...

Mas a Intensidade, diferente do Sentimento, começou a não ser a mesma: finais de semanas, que antes eram quintas, sextas, sábados e domingos, passaram a ser somente sexta e domingo, ou somente sábado, ou somente sexta!

Então, a partir daí Sentimento e Intensidade começaram a se desentender: Sentimento, tão intenso, quis cobrar Intensidade como antes. Mas Intensidade, já subtraída, não saciava as cobranças de Sentimento...

Mas Sentimento é insistente, e aceita Intensidade subtraída, com esperança de multiplicá-la novamente.

E Intensidade, cada vez menor, mantinha Sentimento intenso por sempre alimentar a esperança de que não era menor, de que permanecia igual. E assim, Sentimento se contentava e esperava, novamente, que Intensidade lhe fosse parceira.

Até que, cansado, Sentimento resolveu sentar-se para esperar Intensidade. Mas Intensidade foi a zero e Sentimento se levantou a procura de Intensidade, que disse não ter sumido e nem esquecido de Sentimento. E Sentimento, contente por ter reencontrado Intensidade, aguardou ansioso para darem as mãos e seguirem juntos como sempre desejou.

Mas Intensidade não conseguiu compartilhar com Sentimento essa vontade de multiplicá-la. Sentimento agora vai deixar Intensidade, e voltará a temer sua presença!

Mas Sentimento é sábio e, por medo, sei que nunca deixará de ser intenso!





Raquel de Carvalho

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Renovação


Coração amargo!
Morreu e deixou um legado.
Agora tenho um encargo:
Zelar de um novo, que de amor está regado!


Raquel de Carvalho

domingo, 7 de agosto de 2011

Porto inseguro

Quando lágrimas caiam
Suas palavras eram conforto.
Mas palavras vão com o vento
E sentimento vira porto
De embarques e desembarques
Que ferem aqui dentro!
Coração fica cinzento!


Raquel de Carvalho

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Fácil solução

A cada sonho,
Uma prece.
Com o rosto risonho,
Trabalho brando Santo Antônio merece,
(e repete):
Nesse amor, nem a mão eu ponho,
Nada se faz quando se tem um bom alicerce!


Raquel de Carvalho

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Tecido de fibra


Como um tecido,
(Em pensamentos) meu amor eu modelo.
Como um vilão robusto e temido,
(No coração) meu amor é castelo.

Ficção abriga realeza
Em Castelo de ar.
O concreto abriga popular
Em Castelo de fortaleza.


Raquel de Carvalho
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sexta-feira, 6 de maio de 2011

Papel de carta

Uma promoção de Dia das Mães da Flávio's calçados me fez relembrar uma "corujice" da minha mãe, e eu resolvi contar aqui no blog também...



Quando eu era pequena, eu tinha uma coleção de papeis de carta. Havia um papel de carta que era especial pq minha mãe o amava loucamente, nem era o meu preferido mas era o dela, então ela me proibiu de nunca trocar aquele papel de carta por nenhum outro.
Aquele papel de carta passou anos e anos na minha pasta, sozinho, sem nenhuma coleção (só para agradar a mamãe), e a cada folheada que minha mãe dava nas pastas e o via, dizia: esse é o mais lindo, ai de vc se um dia trocar!
Eis que um dia recebi uma oferta tentadora: dois papeis de carta da minha coleção de “escurinhos” por AQUELE papel de carta. Pensei 10x. Mas nem assim, resisti à tentação. Foi o fim pra minha mãe, ela não se conformou. Para ela, nem tinha mais graça folhear minha pasta, nenhum interesse (para ela) tinha mais os meus papeis de carta; nem a minha coleção de escurinhos, que ela tanto torceu pra eu completar, nem isso, teve graça diante à ausência DAQUELE papel de carta.
Ela não pediu verbalmente, mas seus olhos me pediram para trocar, se preciso, uma pasta completa de papeis de carta para ter de volta aquele que ela tanto gostava. Não foi preciso isso, mas depois de algum tempo, e com muito esforço, consegui de volta AQUELE papel de carta, mesmo tento que me desfazer da minha coleção de “escurinhos” que eu tanto amava. Dessa vez, eu não pensei 1x.
Ahhh...! De tanta alegria, ela achou que eu merecia uma retribuição, e o melhor: eu não precisei de esforço nenhum; ela comprou uma coleção inteira pra mim, e essa sim, (além DAQUELE, agora, claro!) todas as meninas imploravam para trocar e eu negava com toda precisão, sem ceder a insistências e a qualquer oferta que fosse.
Essa corujice e ESSE papel de carta eu não esqueço, guardo pra sempre!
Esse, hoje, é o meu papel de carta favorito! É ou não é a cara da minha mãe???
...Uma coruja!


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domingo, 13 de março de 2011

Em breve: destino

A bordo, no seu coração!
Constante turbulência,
Queixava a tripulação.

Ao meu lado, só solidão.
Solidão, (desse vôo) pediu suspensão.

Mas para um destino bonito,
Turbulência eu admito!

Raquel de Carvalho

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Principal lugar


Sempre me dizem
Que tudo tem um centro.
O seu, é um lugar de bem:
Bem aqui dentro!


Raquel de Carvalho

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Procura vã



Procuro a felicidade.
Mas sem sucesso me entristeço,
E de viver eu me esqueço.

Mas vem sempre a novidade
Que propõe um recomeço,
E a tristeza desconheço.

Pois felicidade não precisa ir buscar
Basta dar as mãos, pois ao seu lado
Ela há de estar.



Raquel de Carvalho